Editorial

SINAIS DA VINDA DE JESUS - ISRAEL

Manuela da Costa Guimarães Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Deã Acadêmica do STB

Israel é o povo de Deus, filhos da promessa de Deus a Abraão por Isaque (Gn 17.7,8,19). Este povo toma a quase totalidade do relato bíblico direta ou indiretamente. Deus separou para si uma linhagem em Abraão para revelar-se à humanidade, e, por esta nação, revelar ao mundo seu plano para a salvação daqueles que em Adão foram destituídos da graça de Deus (Rm 3.23). Abraão não era especial, nem os israelitas são, mas o propósito de Deus é especial, e em sua incontestável soberania, Ele elegeu a Israel para levar a cabo seu empreendimento, tornando então Abraão e sua descendência um povo especial. Esta foi a nação dos patriarcas, foi para ela que Deus levantou Moisés para libertá-los do Egito e entregar-lhes a Lei de Deus. Este povo viveu e deu testemunho ao mundo das maravilhas e da soberania do único Deus verdadeiro no decorrer de sua história. Por causa da desobediência e rebeldia deste povo à Deus, Ele teve que por vezes corrigí-los e até chegar ao extremo de enviá-los a cativeiros em nações pagãs. Israel tinha a Lei, as cerimônias que tipificavam o Messias, os profetas que profetizavam do Messias, mas quando Deus envia este Messias, Jesus, este povo não o reconheceu, não o recebeu e até o encaminhou para sua morte de cruz. Deus não foi pego de surpresa, era mister que o Cristo fôsse crucificado e ressucitasse para a salvação de todo aquele que cresse nele. Muitos judeus creram, e muitos gentios também, e aqueles que criam tornavam-se salvos, tornavam-se igreja. No entanto a nação israelita fechou seu coração para o Messias, e Jesus, já aproximada a hora de sua partida, ao entrar em Jerusalém, chorou sobre ela e disse: “Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora, isso está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todas as bandas, e te derribarão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.” “Eis que a vossa casa vos ficará deserta.”(Lc 19.41-44; Mt 23.38) Esta profecia foi cumprida à risca no ano 70d.C. A cidade foi sitiada por cinco meses, foram um milhão e cem mil mortos e os 97 mil restantes foram levados cativos, depois a cidade foi invadida e destruida até aos alicerces, inclusive o do templo. Os judeus então foram espalhados por todas as nações e a terra de Israel tornou-se um verdadeiro deserto por séculos (Lv 26.33,36,37). Como nada foi surpresa para Deus, Ele tinha revelado a Daniel, a sequência dos impérios que iriam dominar o mundo (Daniel 2). Aparece então nas profecias de Daniel e outros profetas o termo “no fim dos dias”, o que nos leva ao conhecimento da revelação de Deus para o futuro. Deus ainda revela a Daniel a cronologia do tempo para o fim – as setenta semanas. O consenso geral dos escatólogos é de que estas são semanas de anos, e sim estavam aí profetizados os fatos e o tempo da vinda do Messias e da destruição de Jerusalém, a qual ocorreria na semana 69. Depois Daniel profetiza do Anticristo o qual aparecerá no início da septuagésima semana. A cronologia do tempo estava determinada para Israel. Mas então porque nós e Israel ainda vivemos na Terra, e as profecias do fim ainda não se cumpriram? Porque Deus parou o relógio de Israel e abriu a dispensação da graça para os gentios, a qual terminará com o arrebatamento da Igreja (Lc 21.24; Rm 11.25). Imediatamente depois, a última semana de Daniel começa a contar, e estes últimos sete anos são os revelados a João no Apocalípse, a Grande Tribulação. Deus volta a lidar com Israel, inclusive para sua salvação, afinal, Deus não se esquecera de Israel nem da sua promessa para com eles. No entanto os discípulos de Jesus, assim como nós também, desejam saber os sinais para quando as profecias do fim iriam se cumprir. Jesus deu-lhes o sinal da figureira, Israel; e Deus deu a Ezequiel a clarevidência do que ocorreria com Israel antes da guerra que iniciaria a Grande Tribulação, e o processo de salvação, e a final restauração de Israel. “Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel...” “E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitadas.” (Ez 37.21,22; 36.35) Isto cumpriu-se no ano de 1947, quando as Nações Unidas (ONU), tendo por líder da assembléia o brasileiro Osvaldo Aranha, cedeu aos judeus o direito de retornarem à terra de Israel. Renasceu então, em 14 de Maio de 1948, a nação de Israel. Entre o ano 70 d.C. e o ano 1948 d.C., o povo judeu padeceu horrores, mas agora parece que abriu-se um novo horizonte. No entanto, a sequência da profecia de Ezequiel, capítulos 38 e 39, mostra que algumas nações se levantarão contra Israel para dizimá-la, mas o Senhor Jeová pelejará pelo seu povo e terá seu nome glorificado entre as nações (Ez 38.14-16). É esta guerra que marcará a transição das dispensações, entre a da graça estendida aos gentios e a última semana de Daniel, pela qual Deus punirá a humanidade que rejeitou o Evangelho e salvará física, política e espiritualmente sua amada Israel.

Glossário

I S R A E L

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária Executiva da BPC

Nome dado aos descendentes de Jacó através da história, principalmente durante a peregrinação (Ex 32.4). Este povo, que se torna uma monarquia, é dividido em dois reinos após a morte de Salomão. Dez tribos formam o Reino do Norte, ou Reino de Israel, com a liderança de Jeroboão. Duas tribos, Judá e Benjamim, formam o Reino do Sul, ou Reino de Judá, tendo Reoboão como rei. O Reino do Norte teve três capitais: Siquem, Tirza e Samaria, enquanto Jerusalém sempre permaneceu como capital do Reino do Sul. Desde o princípio do seu estabelecimento, o Reino do Norte se voltou à idolatria. Jeroboão construiu dois bezerros de ouro, que estavam em Betel e Dã, por receio que o povo voltasse à sua dinastia legítima ao ir à Jerusalém para adorar a Deus. Durante 210 anos, o Reino do Norte teve 19 reis, os quais foram abomináveis aos olhos do Senhor. Por isso, Deus permitiu que os exércitos da Assíria levassem o povo cativo no ano 722 a.C. O Reino de Judá, apesar de ter tido reis tementes a Deus, caiu no mesmo erro dos seus irmãos, e Deus não poupou o seu erro, levando-o ao cativeiro da Babilônia por 70 anos. As dez tribos permaneceram em diáspora, no entanto, uma minoria de Judá regressou à Jerusalém. O templo foi reconstruído, a comunidade foi reconstituída, mas o trono de Davi não foi restaurado. Isto só sucederá no Milênio. Com a vinda de Cristo, o Messias, e a rejeição de Israel, a nação foi dispersa mundialmente, confirmando as palavras dos profetas e de Jesus (Mt 21.38-43; Is 43.5-6). Com a ausência dos judeus da terra, Palestina se tornou um deserto, e foi invadida pelos povos árabes. Porém, Ezequiel profetizou acerca da restauração da nação (Ez 37.1-14). Em 1897, o movimento Sionista preparou o caminho a fim dos judeus regressarem à sua terra. Depois do tão conhecido “Holocausto”, onde as perseguições nazistas mataram quase 6 milhões de judeus, começou uma imigração intensa do povo. No dia 15 de maio de 1948, David Ben Gurion, assina a Constituição do Estado de Israel. A língua hebraica que estava morta, ressurge como idioma nacional. As nações árabes permanecem até hoje guerreando contra Israel, e se não fora Deus, por causa da promessa à Abraão, ela já haveria sido disseminada. Porém, chegará o dia em que Israel reconhecerá nacionalmente seu maior tesouro, o Messias, e será redimida.

Esboço

ISRAEL NO PLANO DA REDENÇÃO

Manuela Costa Guimarães Estados Unidos

Brasileira, Primeira Tesoureira, professora da EBD, Deã Acadêmica do STB



Texto de Memorização
"Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." (Romanos 11.36).
Texto da Lição
Romanos 9.1-5; 10.1-8; 11.1-5

Rm 9.1 - Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): 2 - Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. 3 - Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; 4 - Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; 5 - Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém. 10.1 - Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. 2 - Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. 3 - Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. 4 - Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê. 5 - Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas. 6 - Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo). 7 - Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo.) 8 - Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos. 11.1 - Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. 2 - Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: 3 - Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? 4 - Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. 5 - Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça.
    1. O PRIVILÉGIO DADO À NAÇÃO DE ISRAEL
  1. A ela foi dado o concerto: Gn 17.7,8; Lc 1.72; Rm 9.4
  2. A ela foi dada a promessa: Gn 12.2,3; 15.5; Gl 3.18
  3. A ela foi dado o Messias: Is 9.6; Lc 2.29-32
    2. O TROPEÇO DA NAÇÃO DE ISRAEL
  1. Tropessaram em Cristo: Rm 9.32,33; 10.3,4
  2. Tropessaram na Lei: Gl 3.21; Jo 8.7,9; Rm 3.10,12,19,20; Tg 2.10
  3. Tropessaram na fé: Gl 3.22-26; Rm 9.31,32
    3. A DISPENSAÇÃO CONCERNENTE À NAÇÃO DE ISRAEL
  1. O tempo da eleição de Israel: Gn 17.7,8; 22.16-18
  2. O tempo da inserção dos gentios: Rm 9.25,26; 10.20; 11.8,11,17,25
  3. O tempo da restauração de Israel: Rm 9.27; 11.26-31; Ez 37.1-5