“Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo pata todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Co 9.22). Como ser um homem ou uma mulher de inquestionável posição no meio de uma geração incrédula e materialista? Um obreiro cristão tem a solene tarefa de aprender ser um homem ou mulher de Deus, de excelente valor e inequívoco testemunho, no meio de uma multidão de sentidos e valores vãos, como a qual convivemos, mas não conivemos! Nunca devemos protestar a Deus, dizendo: se tão-somente estivéssemos num diferente lugar ou posição, seria tudo mais fácil! O povo de Deus, apesar da sua íntima e peculiar dificuldade, é povo ordinário, porém, que foi feito extraordinário para uma extraordinária finalidade pelo próprio Deus. A menos que tenhamos finalidades intelectualmente corretas em nossas mentes e propósitos amoráveis em nossos corações, estaremos correndo o risco iminente de nos desviarmos do propósito ser útil a Deus. Nós não servimos ao Senhor pela nossa própria escolha, mas foi ele mesmo que nos escolheu e nos elegeu: “Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto”. (Salmos 100.3); “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”. (Romanos 8.28). Algumas pessoas escolhem deliberadamente ser trabalhadores do Evangelho, mas não possuem nos seus objetivos a graça Divina e a virtude de sua Palavra — por isso fracassam! O coração, a mente, e a alma inteiros de Paulo foram consumidos com o propósito grande e nobre do Evangelho em que Jesus veio anunciar, e nunca perdeu de vista esse objetivo: “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Filipenses 3.14,15). Nas adversidades da vida, nós como obreiros da Grande Seara, devemos sempre lembrar: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” (João 15.16). Mantenha estas palavras como uma forte lembrança em sua teologia: não foi você que se chegou a Deus, mas foi ele que lhe alcançou com sua divina graça! Até hoje, meu caro irmão minha cara irmã, ele não se esqueceu nem se cansou de nós, muito pelo contrário, segue, arduamente, trabalhando em nós, até que o vaso sirva de honra em sua casa, no seu Reino! Não arrisque ser um trabalhador do Evangelho, mas uma vez que Deus colocou a chamada sobre seus ombros, sofra para que nunca se desvie “de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda...” (Deuteronômio 28.14). Contemple neste mundo perverso, que foi de lá que Deus lhe tirou, e fez de você o que agora neste momento é — uma nobre pessoa numa inquestionável posição neste mundo! Deixe-o ser o Oleiro, e permita você mesmo ser o vaso!
Mordomia é sinônimo de administração, serviço. É o ofício de um mordomo. Mordomo é um administrador; despenseiro; pessoa encarregada da administração de uma casa; é um empregado doméstico. É uma pessoa de confiança, que trata dos negócios de uma irmandade ou que administra os interesses internos de um palácio ou pertences de seu senhor. Mordomia Cristã, portanto, é serviço cristão, onde Deus é o Senhor e os crentes são seus mordomos. Esta provém do grego “oikonomia” e significa utilização responsável, e amorosa dos recursos que o Senhor colocou à disposição da sua Igreja para louvor e glória de seu Nome e expansão do seu Reino. Algumas caracteríticas fundamentais do mordomo são: Fidelidade: exemplo de José, que foi mordomo fiel de Potifar, no Egito (Gn 39.4-8). Todo mordomo deve ser fiel à seu senhor. Obediência: O mordomo deve sempre fazer o que seu Senhor lhe manda como foi Elieser, servo de Abraão, que buscou uma esposa para Isaac como lhe fora mandado; este tinha o governo de todos os bens de seu senhor (Gn 15.2; 24.1-6). Prudência e vigilância, como mostra a parábola do servo vigilante (Lc 12.42). Ter um só Senhor como ensinou Jesus: “Nenhum servo pode servir dois senhores...” ( Lc 16.13). Na Bíblia, encontra-se menções de mordomos, tais como: Aisar, mordomo do rei Salomão (1Rs 4.1,6); Obadias, mordomo do rei Acab, o qual temia muito ao Senhor, e guardou 100 profetas de Deus porque Jezabel queria matá-los (1Rs 18.3,4). Eliaquim, mordomo do rei Ezequias; o qual foi exaltado por Deus (Is 22.15,20); Eunuco de Candace, mordomo-mor, superintendente de todos os tesouros da rainha dos Etíopes, converteu-se ao evangelho à si pregado por Felipe (At 8.27). A mordomia cristã não é somente das coisas materiais e vocacionais, mas também abarca as espirituais. É importante realçar que todos os salvos são mordomos do Senhor, que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Como bons servos, há que cuidar: do corpo: templo do Espírito Santo; da alma: guardando o coração em santidade; do espírito: alimentando-se com a Palavra de Deus (1Ts 5.23); da família: orintando-a na Sã Doutrina, bem como, usar os talentos dados por Deus para ser de benção em Sua obra (Mt 25.14-28); Ser bons administradores: do dízimo que pertence ao Senhor e do tempo como diz Efésios 5:14,15: “Portanto, vede, prudentemente, como andais ... remindo o tempo...”. Deus é Soberano: Senhor (Ex 3.6), Criador (Am 4.13) e Salvador (Hb 2.1-10). Ele pedirá contas do trabalho feito (Mt 18.23; Lc 19.15), julgará e provará as obras (1Co 15.33) e recompensará a cada um dos seus servos que forem fiéis até ao fim: “Eis que cedo venho,e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra “ (Ap 22.12).