Editorial

O IRRESISTÍVEL GOVERNO DE DEUS

Rev. José Bernardo Brasil

Brasileiro, Pastor, Conferencista e Escritor

“Em tempos de democracia, direitos humanos, Anistia Internacional, liberdade de expressão, muitas pessoas estão se enganando sobre o tipo de relacionamento que podem ter com Deus. No atual contexto político o absolutismo das antigas monarquias, de reis que regeram autocráticos, parece destoar de tudo o que se aspira na modernidade de liberdades individuais. Mas o governo de Deus não reconhece outro modelo, o Senhor é onipotente, todo poderoso, e reina soberano. Em um determinado dia alguns dos príncipes de Israel vieram consultar ao Senhor através de Ezequiel. Deus respondeu a eles duramente, dizendo que não poderiam consultá-lo, porque estavam agindo erradamente, como seus pais em muitas situações anteriores. Eles eram presunçosos e achavam que por terem recebido bênçãos de Deus, Ele os aceitava como eram e como estavam. Há muito o que aprender nesta passagem, sobre o tipo de relacionamento que Deus pretende ter conosco que somos parte do Seu povo. Até o dia de hoje a história dos judeus lhes traz grande orgulho, por causa do cuidado que Deus demonstrou para com eles. De modo semelhante muitos crentes também se ensoberbecem e tornam-se arrogantes, por terem sido abençoados, por haverem sido usados por Deus, ou por fazerem parte de uma igreja vitoriosa. Esta soberba muitas vezes os leva a atitudes pecaminosas, porque pensam que a quantidade, a fartura, os livramentos, o bem estar são sinais da aprovação de Deus para suas vidas, ou de que Deus não está se importando com o que estão fazendo. Como estão enganados! Deus pediu que aquele povo tirasse o Egito de seus corações, mas eles não o fizeram. Mesmo assim o Senhor os libertou do Egito. Eles pensavam que Deus não se importava, e que a libertação era um sinal de sua aprovação, mas o Senhor explica que foi por amor ao seu próprio nome que os libertou. Foi porque o Senhor quis e não porque eles merecessem. Assim há muitos crentes com maravilhosos testemunhos de libertação, e que acham que de alguma forma são especiais e privilegiados por Deus, e podem se dar ao luxo de exceções na sua santidade, mas o Senhor lembra que não foi porque mereciam, mas porque Ele quis, que os libertou. Como Israel, assim são muitos crentes que recebem fartura de bens, bons empregos e pensam que por isto Deus está contente com eles, pensam que estas coisas são sinal da aprovação do Senhor. Mas o Senhor diz que não, que não foi porque os aprovava, mas porque quis, porque desejou, unicamente por sua soberana vontade. Ele não precisa tolerar indefinidamente a soberba e a arrogância daqueles que se desviam, mas amando-os e decidido a estabelecer seu governo sobre eles, o Senhor tem o poder e também a estratégia para colocá-los em uma posição de obediência

Glossário

G O V E R N O

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC, na Flórida - Estados Unidos

Autoridade soberana sobre um povo, que rege seus costumes, leis e instituições. A ascensão dos primeiros impérios da Era do Bronze era de governos centralizados, os quais mantinham o desenvolvimento de seus exércitos, controle da economia e comercio internacional, como também a construção e manutenção dos canais de irrigação da Mesopotâmia. No período patriarcal, os hebreus não tinham governos centralizados, mas eram estruturados em um sistema de tribos. O varão mais idoso era o chefe oficial da família e governo. O próximo nível de organização social era o clã, composto de várias famílias do mesmo parentesco. Um indivíduo poderia ser designado como chefe ou cabeça de cada clã. Um grupo de tribos era considerado um povo. A sociedade patriarcal era nômade e provavelmente democrática. Os anciãos de cada tribo tinham a responsabilidade de tomar decisões diárias pelo seu povo nas questões religiosas e judiciais, como também representar a comunidade em questões militares e religiosas. Eles poderiam selar uma aliança ou tratado em favor do seu povo (2 Sm 5.3). Os anciãos na maioria das vezes julgavam as causas do povo à porta da cidade (Dt 21.19). Israel era uma teocracia, tendo Deus como seu Rei e Senhor (Jz 8.22-23; Rm 13,1-4). Com o êxodo, Israel se tornou uma confederação de tribos, tendo Moises como seu líder, seguido de Josué e dos juízes. O juiz julgava os casos do povo (Dt 1.16; 17.8-9), mas era primariamente um líder militar (Jz 3.7-11). Nem sempre exerciam um forte papel em manter as tradições religiosas do povo (Jz 2.10; 17.6; 21.25). Com Eli e Samuel no cenário, o papel do juiz veio a se tornar um oficio sacerdotal. O profeta Samuel teve grande influência entre todas as tribos de Israel, e iniciou a unificação do povo em transição à monarquia (1 Sm 8.4-8). Com a rejeição da teocracia e estabelecida a monarquia, o rei tornou-se o regente nacional de todo o povo, sendo assessorado por um quadro de oficiais durante o seu mandato. Israel teve um período de monarquia unida que durou 120 anos. Tempos mais tarde, com o colapso dos reinados de Israel e Judá, outras potências assumiram o governo, subjugando o povo de Deus com mão de ferro, levando-os ao exílio e diáspora na Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Os governadores judeus pós-exílio, como foi Neemias, eram nomeados pela nação estrangeira em domínio Esses impérios subjugavam e empobreciam o povo com tributos que eram recolhidos e enviados ao exterior. Um novo sistema legal deveria ser obedecido paralelo à lei mosaica, e vemos o exemplo no julgamento de Jesus, o qual foi interrogado pelo Sinédrio e pelas autoridades romanas. Os governadores romanos representavam o imperador e tinham poder econômico e militar sobre a região que governavam. A Bíblia cita os nomes de Pilatos (Lc 3.1); Félix (At 23.24) e Festo (At 24.27) como um desses governadores na Judéia. Após o exilio, e especialmente no Novo Testamento, a pessoa do Sumo-Sacerdote, passou a exercer uma forte autoridade no governo religioso e cultural do povo, assessorado pelos anciãos e alguns sacerdotes, os quais formavam o Sinédrio. Com uma multiforme diferença de governos em todas as épocas, a humanidade nunca pôde usufruir um governo de paz e justiça. Entretanto, virá o dia em Cristo Jesus reinará na terra por mil anos, estabelecendo o seu governo e dando oportunidade aos que sobreviverem a Grande Tribulação, de usufruir a verdadeira paz e justiça de Deus sobre a terra, antes de serem julgados.

Esboço

DEVERES CIVIS, MORAIS E ESPIRITUAIS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA



Texto de Memorização
"Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus" (Romanos 13.1).
Texto da Lição
Romanos 13.1-8

Rm 13.1 - Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. 2 - Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. 3 - Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. 4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. 5 - Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. 6 - Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. 7 - Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. 8 - A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
    1. NOSSOS DEVERES CIVIS
  1. A natureza do Estado: Rm 13.1
  2. O propósito do Estado: Rm 13.3-4
  3. A relação da Igreja e o Estado: Rm 13.7
    2. NOSSOS DEVERES MORAIS
  1. A dívida moral para com os irmãos: Rm 13.8
  2. A dívida moral para com o Decálogo: Rm 13.10
  3. A dívida moral para com os mandamentos de Jesus: Jo 14.15
    3. NOSSOS DEVERES ESPIRITUAIS
  1. Consciência da salvação individual: 2 Tm 1.12
  2. Consciência da comunhão com Deus: At 20.23
  3. Consciência do futuro que nos aguarda: Rm 13.11